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domingo, 13 de junho de 2010

Antigo Testamento - parte III


Livros Sapienciais

São 7 livros. Falam não só da sabedoria dos homens, mas sobretudo da experiência do amor de Deus na vida dos indivíduos e da comunidade. Mostram a espiritualidade de um povo ensinado por Deus. Tais livros contém orações, cânticos e poesias, escritos e vividos à luz da fé.

Escrito no quinto século antes de Cristo. Num estilo poético, o livro apresenta o problema do sofrimento. Baseados no Deuteronômio, os judeus achavam que o sofrimento significava castigo e abandono de Deus. O livro de Jô vem provar que não é assim, pois Jó sofre e é um justo amado por Deus. Este livro quer nos ensinar a crer e confiar em Deus, mesmo no extremo sofrimento e na solidão. Certamente esse homem chamado Jô não existiu. Trata-se, pois, de uma espécie de parábola, como o Filho Pródigo.

Salmos

O livro dos Salmos é um verdadeiro manual de orações pra o povo judeu, para Jesus e para nós. A palavra Salmos quer dizer louvores. São poesias para serem cantadas. Ao todo são 150 salmos. Boa parte foi composta por Davi, que reinou do ano mil a 972 antes de Cristo.

Provérbios

Parte desse livro deve ter sido escrita por Salomão, pois a Bíblia diz que Salomão escreveu “sábios provérbios”. Salomão reinou do ano 972-932 antes de Cristo. A linguagem em provérbios é algo muito a gosto dos orientais. Através dessas máximas, o autor fala de um Deus criador e justo, misericordioso e inefável.

Eclesiastes

Não se sabe ao certo quem o escreveu. Mostra a instabilidade e a insegurança da vida presente. Começa dizendo: “Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade”. Mas no meio desse pessimismo, o Eclesiastes ainda lembra que há muita coisa boa sobre a terra, e que tudo o que é bom vem de Deus. Por isso precisamos amar a Deus e obedecer aos seus mandamentos.

Cântico dos Cânticos

“Cântico dos Cânticos” é um expressão que significa: “O canto por excelência”, ou: “O mais belo dos cânticos”. É um cântico de amor, bem ao estilo oriental. Toma como exemplo o amor do esposo e da esposa, mas o bom israelita já sabe que se refere ao amor de Deus para com o Seu povo, com quem fez uma aliança. Os cristãos pensam no amor de Jesus com a sua igreja. Deve ter sido escrito na primeira metade do quarto século.

Sabedoria

O nome do autor não se sabe, mas foi escrito por um judeu que morava no Egito, na primeira metade do último século antes de Cristo. Não se trata da sabedoria mundana dos filósofos. Pelo contrário. O livro da Sabedoria quer que não se pense a respeito de Deus à maneira dos pagãos. Trata-se de uma sabedoria que é vida e amor. Uma sabedoria que procede de Deus. Que se identifica com o próprio Deus. É um livro bem próximo do Novo Testamento. Fala da imortalidade da alma e do destino eterno do homem, como o livro Segundo dos Macabeus.

Eclesiástico

Chama-se também “Sabedoria de Jesus, filho de Sirac”, ou simplesmente: livro de Sirac. Foi escrito mais ou menos no ano 120 antes de Cristo. Faz considerações sobre a vida humana. Mostra o valor estável da Lei de Deus, que nos conduz ao que é eterno. É um convite a obedecer aos sábios preceitos divinos. Leva-nos a praticar a virtude e a fugir do pecado. É um livro válido para judeus e cristãos, pois procura educar o homem para uma vida feliz.

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